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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

PORTA, PRIMEIRO CONTATO COM A OBRA


Segurança e conforto em áreas  de acesso
Assim como as fachadas, as portas de entrada de um empreendimento traduzem para o visitante o conceito arquitetônico do edifício. Antes consideradas itens do mercado de luxo, as portas automáticas, fabricadas em diferentes tipologias e com tecnologia de ponta, começam a despertar a atenção de arquitetos e consultores.



Entre os vários atributos de uma porta automática estão o conforto, a segurança e a economia de energia na operação do ar condicionado da edificação. Com tecnologia avançada, os produtos disponíveis no mercado possuem sistemas automatizados que atendem às exigências de projetos arrojados e não se restringem à função de abertura e fechamento. São elementos que valorizam a área de acesso em edifícios comerciais e residenciais. Além disso, reforçam a segurança, com dispositivos como sensores de presença e microondas para ativar as portas, fotocélulas laterais ou cortinas infravermelhas, botoeiras, controles remotos via rádio e leitores de cartões e biométricos.

Porta articulada
O engenheiro Dante Boccuto Jr., gerente da Divisão Automatic, da empresa Dorma Sistemas de Controles para Portas, destaca, neste texto, as características técnicas e os tipos de aplicação das principais soluções oferecidas para o mercado nacional. As portas automáticas mais comuns no Brasil são as deslizantes retas, utilizadas em edifícios comerciais, hotéis e prédios públicos, entre outros. E quando se trata de pequenos vãos, a mais indicada é a porta articulada ou de ponto de giro, empregada em lojas, farmácias e entradas laterais de shopping centers, por exemplo. Entre os produtos mais complexos estão as tipologias deslizantes (antipânico e curvas), as telescópicas, as portas batentes ou pivotantes e as giratórias.



Porta giratória


DESLIZANTES ANTIPÂNICO
Para locais com grande fluxo de pessoas, as mais indicadas são as portas automáticas retas com sistema antipânico. Além de deslizarem quando da aproximação dos usuários, as folhas móveis e fixas podem pivotar sob a ação de força manual. Isso garante a abertura de quase 100% do vão, facilitando, em caso de sinistro, a saída das pessoas daquele ambiente. Normalmente são utilizadas em shopping centers, aeroportos e rotas de fuga das edificações.

                 Porta giratória
DESLIZANTES CURVAS
Em arco pleno (meia circunferência) ou em segmento de arco (semi-arco), as portas automáticas deslizantes curvas atendem à necessidade de ampla abertura do vão útil de passagem ou então um vão total restrito. Nesse caso, avançam para a área externa ou para o interior do empreendimento, podendo ser côncavas (mais comuns) ou convexas. Quando utilizadas em conjunto (duas a duas), podem ser a solução em projetos que exigem antecâmara ou eclusa. No caso da antecâmara, a primeira porta se abre e a segunda também, na seqüência, antes mesmo de aquela se fechar. No sistema de eclusa, a segunda porta só se abrirá depois que a primeira tiver voltado a se fechar. Trata-se de solução que contribui para a segurança do local.
TELESCÓPICAS
As portas telescópicas permitem maior vão útil de passagem. Enquanto as deslizantes retas liberam, no máximo, 50%, as telescópicas chegam a 2/3 do vão total. Isso porque são compostas por duas folhas fixas laterais e quatro móveis centrais; estas, ao se recolherem, sobrepõem-se àquelas.
BATENTES OU PIVOTANTES
Tipologia ainda pouco utilizada no mercado brasileiro, as portas automáticas batentes ou pivotantes envolvem sistemas eletro hidráulicos e/ou eletromecânicos, fixados no batente ou nas folhas, dependendo da necessidade da abertura. Podem ser simples ou duplas e, no exterior, são comumente usadas em laboratórios, hospitais e escritórios. Mesmo na falta de e nergia elétrica o fechamento da porta está garantido, porque para isso os equipamentos adotam dispositivos hidráulicos com velocidades ajustáveis.

                   Porta giratória
GIRATÓRIAS
No mercado brasileiro, as portas giratórias são amplamente utilizadas em agências bancárias, que exigem confinamento - com a passagem de uma pessoa por vez - e segurança. Indo além desse conceito, esse tipo de porta garante o total isolamento entre os ambientes interno e externo, proporcionando conforto e economia no uso de energia com os aparelhos de ar condicionado. Podem ser manuais, semi-automáticas ou totalmente automáticas.
As portas giratórias são fabricadas sob encomenda, conforme dimensões (diâmetro e altura total) definidas pelo projeto arquitetônico. O diâmetro das manuais e semi-automáticas varia de 2.000 a 3.000 milímetros, em três ou quatro folhas. As portas com certificações internacionais que garantem a sua utilização para rotas de fuga e antipânico recebem dispositivos que permitem o pivotamento das folhas, ou seja, elas se dobram sob ação de força manual. Numa porta com diâmetro de 2.400 milímetros, por exemplo, a capacidade teórica de fluxo por hora é de 1.800 pessoas num mesmo sentido. Assim, a capacidade máxima por minuto para essa medida é 30 pessoas. Em diâmetros acima de 3.000 milímetros, as giratórias têm que ser, necessariamente, automatizadas. Elas podem ter de 3.000 a 6.200 milímetros, em duas, três ou quatro folhas. Os acabamentos variam de acordo com as especificações de projeto. Os mais comuns são o alumínio anodizado, o aço inoxidável, o aço escovado e a pintura no sistema RAL.






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