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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Piscina - como escolher o material

Há várias opções para revestir a piscina, mas é preciso prestar atenção na interação do material com itens importantes, como a qualidade da água e a segurança. POR SIMONE SAYEGH
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Piscina ainda é sinônimo de lazer e saúde, mas, como todo elemento de arquitetura, se transforma com o tempo e incorpora tendências e novos usos. A indústria de revestimentos acompanhou a evolução tecnológica e o aumento do nível de exigência dos consumidores, o que garantiu uma qualidade no resultado final impossível há dez, quinze anos. Os cantos vivos, as curvas malfeitas, o amarelamento das peças ou sua falta de atrito - que resultava em alto risco de escorregamentos - estão sendo controlados com a produção de peças de portfólio específicas para cada uso, compatibilizadas dentro de uma solução completa. Basicamente, os lançamentos no setor são empregados em duas vertentes de projeto, bem distintas. As piscinas voltadas a construções unifamiliares e as inseridas em condomínios residenciais.







A piscina na casa representa a construção de mais um cenário arquitetônico que complementa o partido do projeto e também reflete o padrão da residência. No caso, os requisitos de projeto recaem sobre os desejos estéticos do cliente, que muitas vezes superam as limitações de custo. "As piscinas podem ser curvas, coloridas, com desenhos exclusivos e específicos, vale tudo quando o assunto é piscina para residências, onde o valor agregado da assinatura de um paisagista ou arquiteto é muito mais evidente.", explica Gabriel Bertolacci, diretor da empresa de revestimentos Castelatto.


Essa liberdade de experimentar é campo fértil para os arquitetos, paisagistas e empresas, que podem arriscar a ponto de elevar produtos e formas que nascem exclusivamente no ambiente residencial a produções em larga escala. Priscila Matias, coordenadora de marketing da Gail, fabricante de revestimento cerâmico, diz que peças desenvolvidas exclusivamente para arquitetos podem se tornar produtos de portfólio.



Uma residência em um condomínio de alto padrão em Curitiba teve toda a iluminação das áreas externas e da piscina feita com o uso de fibra óptica, em um projeto com baixo consumo de energia e uso de materiais que não agridem o meio ambiente. A Reichenbach Fibras Ópticas, de São Paulo, realizou o projeto de iluminação da piscina com o produto chamado Fibraled, que combina fibra óptica e LED de extrema potência, aliando segurança com economia. Todo o jardim da casa e piscina consomem em torno de 65 W a 75 W de potência



A customização está em alta em ambos os mercados. Mesmo arquitetos que trabalham para grandes construtoras solicitam produtos com texturas e cores exclusivas para seus projetos, que mais tarde podem aparecer nas prateleiras, para todos. No entanto, o risco que toda empresa aponta é de se perder tempo, esforço e dinheiro no desenvolvimento de um produto que mais tarde será trocado por outro de efeito similar, mas sem a qualidade ou aparato técnico comercial de peso. "Quando chega na construtora, na hora da compra, eles substituem o produto, muitas vezes exclusivo, por um chinês que custa um centésimo do especificado mas aparenta o mesmo efeito", explica o arquiteto Rogério Cordeiro, da Vidrotil.


Sejam bem-vindos ao mundo das construtoras. Esse é um mercado completamente diferente. "Construtoras realizam 'obras sem dono' em contraposição à casa unifamiliar, cujo proprietário está presente e participa da decisão, essa é a diferença básica", explica o arquiteto paisagista Marcelo Faisal. No projeto para condomínios, o que manda é o custo, principalmente hoje quando grandes construtoras tradicionalmente voltadas para a construção de alto padrão migraram para o nicho econômico, no qual o comprador busca áreas de lazer formatadas como um clube para compensar a reduzida metragem dos apartamentos - alguns não chegam a 50 m2.


Em paralelo a essa necessidade surgiu a avalanche de produtos chineses, competitivos exatamente nesse ponto nevrálgico. A construtora quer retorno rápido, aposta pouco, mantém relação, ainda que tênue, com os mesmos fornecedores e controla totalmente a especificação de arquitetos e paisagistas. "Por velocidade e necessidade de resposta, você acaba limitando seu universo de experimentação", conclui Faisal.


Para experimentar, os materiais disponíveis variam entre cerâmicos, cimentícios ou o próprio vinil, que incorpora cor, padronagens e texturas. As soluções completas são compostas de peças para a piscina, borda e deck. Parte integrante desse sistema são as argamassas de assentamento e rejuntamento, que devem ser compatíveis com o material empregado. As juntas têm como objetivo permitir e compensar as eventuais variações dimensionais diferenciais que se originam no sistema construtivo multicamadas.
Assim como a piscina, o deck é ponto de encontro de lazer, além de emoldurar o tanque de maneira a harmonizá-lo com o todo arquitetônico. Os produtos voltados para essa superfície devem necessariamente ser antiderrapantes, mas algumas empresas prometem também acabar com a alta absorção de calor e já comercializam produtos atérmicos, como é o caso de alguns produtos cimentícios.
Outra característica comum nos projetos atuais é a criação de uma espécie de deck molhado, de cerca de 30 cm de profundidade, chamado prainha, onde se dispõem cadeiras de sol, banquinhos e até mesas. A prainha muitas vezes apresenta o mesmo revestimento do deck, que entra para dentro da água e passa a envolver dois níveis, um seco e outro molhado. Essa condição exige do revestimento escolhido a soma de altas resistências químicas e a radiação ultravioleta do sol, baixa expansão por umidade e um bom coeficiente de atrito, condição dos antiderrapantes.


As bordas incorporam quebra-ondas e curvas, podem se interligar a canaletas para desbordo (em piscinas coletivas), ou serem do tipo infinito (nas piscinas de borda infinita), em que a água transborda continuamente e, depois de recolhida a um reservatório, retorna à piscina. Ademir Camera Venesi,  presidente da Primeiro Mundo, empresa de automação e tecnologia voltadas para piscinas, alerta para bordas que despejam água direto no sistema de captação pluvial, o que desequilibra quimicamente a piscina toda vez que essa água é reposta. "A qualidade final da água depende muito do seu correto balanceamento químico e da circulação apropriada", explica Venesi. "Para isso é necessário primeiramente ter um sistema de circulação e filtragem dimensionado corretamente para as necessidades e volume do tanque", conclui. 
Todo esse cuidado, além de controlar a qualidade da água para banho, mantém a vida útil dos revestimentos dentro dos padrões prescritos.
As peças continuam com pequenos formatos, na forma de pastilhas ou mosaicos, mas as cores ultrapassaram os tons frios claros e escureceram, indo desde o azul e verde escuros até o vermelho ou preto. De acordo com Aníbal Reinchenbach, diretor da Fibraluz Fibra Óptica, esse escurecimento trouxe inconvenientes de higiene e segurança. 


A cor escura disfarça a sujeira, o que dificulta a limpeza, além de distorcer a real profundidade, o que pode ser perigoso em condomínios. A iluminação subaquática também é prejudicada, já que a reflexão da luz é bem reduzida. "É altamente frustrante para o cliente, que espera ter uma piscina iluminada à noite.", conclui. O sistema de iluminação com fibra óptica, além de ser mais seguro e discreto, permite alternâncias nas cores da luz, recurso mais efetivo quando o revestimento apresenta cores claras.



Para lê a parte de entrevista de como escolher material de uma piscina 




PISCINA CERTIFICADA
Presente em Olimpíadas e nos Jogos Pan-americanos, a Coleção Piscinas, da Gail, eliminou as bordas altas que impedem a visão integral da superfície. Esse formato possibilitou melhor visualização de quem está dentro e fora da piscina, com a água sempre no nível do deck. A linha é formada por produtos aprovados e certificados pelas normas NBR 13.818 e ISO 13.006. Esse selo de qualidade avaliza que foram cumpridas as exigências do Comitê Olímpico Internacional.





ÁGUA EM VINHO
O mosaico Vidrotil é produzido artesanalmente com vidro puro e especialmente formulado, disponível em várias cores e tamanhos, sempre com superfícies e formatos irregulares e textura característica diferente em cada tessela. Essas características artesanais garantem a reflexão multidirecional da luz e resultam em um brilho de efeitos luminosos únicos, além de possibilitar ampla liberdade de criação para artistas, arquitetos e designers.






FLEXÍVEL
A piscina de vinil da Sibrape permite projetos 100% customizados com formatos ortogonais e orgânicos. O revestimento pode imitar a textura de pastilhas, mosaicos e azulejos, com qualquer tipo de cor e padronagem. Ainda disponibiliza uma coleção de estampas que vão do estilo clássico ao contemporâneo, e a instalação é rápida e segura.






CURVA CORRETA
A linha Classic, da Solarium, é indicada para o revestimento de áreas externas e decks de piscinas. As peças cimentícias têm como característica principal a atermicidade e são antiderrapantes. Há uma ampla linha de acabamentos com bordas retas e curvas (borda dupla, peito de pomba, canto, cunha e quina), degrau e duplo degrau, além de acessórios como ralo, rodapé e soleira.






RESISTÊNCIA
Por praticamente não absorverem água e resistirem a altas temperaturas, as pastilhas de porcelana da Atlas são indicadas para aplicação em áreas molhadas e sujeitas ao calor. Para piscinas, vêm em formatos que acompanham curvas em tanques de contornos orgânicos, e conferem um excelente efeito visual e estético, com a possibilidade de inúmeros projetos de paginação. 





LINHA ESPECIAL
A Linha Piscina da Jatobá oferece uma grande variedade de cores e formatos criados para piscinas. São três tamanhos diferentes de pastilhas de porcelana para revestimento (2,5 x 2,5 cm; 4 x 4 cm e 5 x 5 cm) e um formato para deck e acabamento (5 x 5 cm). Na cartela de cores predomina o azul e suas variações, além dos brancos e beges. Suas principais características são: baixa absorção de água, resistência ao congelamento, a produtos químicos, a manchas e a choque térmico. Na foto, projeto de Anderson Leite e Roberta Kassouf.







Fonte: Revista AU







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